Allan Kardec, educador da humanidade, por Paulo Henrique de Figueiredo

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Os manuscritos inéditos e a verdadeira história do Espiritismo

O professor Rivail, que ficaria conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, elaborou a ciência espírita escrevendo milhares de páginas, publicadas em artigos, livros e revistas mensais, por mais de uma década. No entanto, caso você se dedique a esmiuçar cada parágrafo de suas obras completas, quase nada vai encontrar sobre ele mesmo, sua vida particular, família, ou qualquer particularidade de sua história pessoal. Isso não quer dizer que Rivail não considerasse importante esse registro, mas sua convicção era a de que essa tarefa não deveria ser cumprida por ele, e sim pelos comentadores do futuro. Além disso, ela não poderia ser realizada no calor dos fatos, pois acreditava ser mais relevante quando o ciclo de sua realização se desse por completo. Veja só o que ele escreveu sobre isso na Revista Espírita de outubro de 1862: “Que o Espiritismo, sendo incontestavelmente chamado a desempenhar um grande papel na história, importa que esse papel não seja desnaturado, e que se oponha uma história autêntica às histórias apócrifas que o interesse pessoal poderá fazer. Aliás, o Espiritismo está em seu início, e muitas outras coisas se passarão daqui até lá; e depois, é preciso esperar que cada um nele tenha tomado seu lugar, bom ou mau.”

A verdadeira história do Espiritismo não poderia ser escrita por meio de boatos, ideias pessoais, relatos parciais ou lendas. O trabalho sério do pesquisador legítimo está em debruçar-se sobre fontes primárias, relatos de próprio punho e documentos oficiais, e o professor Rivail sabia disso muito bem. Desde os tempos em que era diretor de escola, guardava cuidadosamente suas cartas, documentos, impressos, memórias, relatos, artigos e preces nos arquivos de seu escritório particular. Tinha, em especial, uma estante de nogueira, com portas de cristal translúcido e com puxadores de bronze, na qual foi guardando tudo o que lhe era mais valioso e especial. Esse armário, e o hábito de selecionar documentos preciosos, o acompanharam quando fundou a Sociedade Parisiense. Curiosamente, estava organizando esses arquivos, para a mudança de endereço em 1869, ao cair de forma fulminante quando seu coração parou. Nesse escritório, além da estante de nogueira, os arquivos minuciosamente organizados conservavam as cartas recebidas e cópias das enviadas, aos milhares, na correspondência que mantinha com centenas de grupos de estudos espíritas na França e no mundo: “Essa concentração espontânea de forças dispersas deu lugar a uma correspondência imensa, monumento único no mundo, quadro vivo da verdadeira história do Espiritismo moderno, onde se refletem ao mesmo tempo os trabalhos parciais, os sentimentos múltiplos que a Doutrina fez nascer, os resultados morais, as abnegações e os desfalecimentos. São arquivos preciosos para a posteridade, que poderá julgar os homens e as coisas através de documentos autênticos. Em presença desses testemunhos irrefutáveis, a que se reduzirão, com o tempo, todas as falsas alegações, as difamações da inveja e do ciúme?” (Nota do autor em A Gênese).

Em nossos dias, nestas primeiras décadas do terceiro milênio, vivenciamos uma nova aurora para a realização desse sonho do professor Rivail. É importante considerar que esses arquivos com milhares de cartas catalogadas foram queimados após a morte da madame Rivail, Amélie, pelos responsáveis da Sociedade Anônima, empresa que detinha os direitos sobre o legado de Allan Kardec. A estante de nogueira, por sua vez, foi roubada pelos nazistas da Maison des Spirites, do prédio n. 8 da Rua Copernic, quando ocuparam a França desde 1940. No entanto, o conteúdo selecionado por Rivail desse móvel foi incrivelmente preservado, nesse que mais parece um roteiro de filme. Ficou na Livraria Leymarie, longe do conhecimento dos invasores. Paul Leymarie levou a maior parte com ele quando estava doente, no final da vida, e com a livraria falida e interditada.

Ao saber disso, o pesquisador brasileiro Canuto Abreu, que dedicou sua vida para restabelecer a verdadeira história do Espiritismo, foi ao encontro de Paul, que morava de favor na casa de um amigo, na periferia de Paris. O francês já estava desanimado com o paradeiro do valioso bornal de couro com os documentos quando se deparou com o espírita brasileiro e teve a confiança de lhe entregar o volume.

Estes e outros lotes que compõem o acervo de Kardec já começaram a vir a público. Estamos vivenciando um divisor de águas quanto à história do Espiritismo. O século XX foi marcado por relatos imaginados, sem referência de fontes e até mesmo fantasiosos sobre Rivail e o Espiritismo. Agora estamos diante de fontes primárias, cartas escritas por ele mesmo, desde quando era diretor de escola, até documentos póstumos. É a maior riqueza cultural já vista sobre o advento da Doutrina dos Espíritos.

Rivail, o educador

Dentre os conjuntos de documentos recuperados por Canuto Abreu, que estão sendo transcritos e traduzidos pela equipe do Centro de Documentação e Obras Raras (CDOR) da Fundação Espírita André Luiz (FEAL), e demais acervos complementares, originários do armário de nogueira, certa quantidade trata-se de cartas pessoais, trocadas por familiares do professor Rivail. Por elas, sabemos que Rivail e Amélie buscavam estar sempre juntos. Ela o chamava regularmente de querido amigo. A distância era diminuída por uma constante correspondência, nas quais relatavam os seus afazeres e pensamentos um ao outro, mas ela dizia que as notícias nunca substituiriam a alegria de sua companhia.

Depois de uma poeirenta viagem a Lyon, Rivail escreveu para Amélie do hotel L’Ecu de France, quando ela estava na propriedade rural dos pais em Château-du-Loir, Sarthe. Ele descreve o que se passou no vagão do trem: “Na maior parte do caminho, tive o prazer de ter a companhia de uma criança de um ano no carro que, por seus gritos e cheiros, nos ofereceu uma pequena repetição da tarefa e me fez desfrutar antecipadamente dos encantos da paternidade” (Manuscrito CDOR Kempf n. 1834_08_20). E termina a carta expressando sua afeição: “beijando você com todo o carinho do marido mais amado, que ama sua amada e querida esposa tanto quanto um marido terno e amoroso pode fazer, que assim seja HLDRival. Transmita meu afeto e respeito aos seus pais”.

Não sabemos se foi uma filha natural, adotada ou criada por eles, mas em 23 de agosto de 1841, quando viajou novamente para Lyon, agora em razão do funeral de sua tia Reine Matthevot, depois de tratar de diversos assuntos, pediu a Amélie que abraçasse a sua pequena Louise, agradecendo à cartinha que ela tinha enviado para o pai (Manuscrito CDOR Kempf n. 1841_08_23).

Rivail e Amélie foram pais extremamente dedicados. Combinavam juntos a educação da menina, sempre despertando os valores dela, incentivando suas primeiras conquistas, admirando seu progresso. Numa carta de 15 de agosto de 1842, Rivail diz a Amélie estar feliz por ela ter prolongado sua estadia em Château-du-Loir, pela satisfação de estar com seus pais e poder lhes prestar cuidados na idade deles. Quanto a Louise, comentou: “Compreendi com prazer que Louise trabalha bem na leitura e escrita, progredindo bastante, fiquei muito satisfeito com sua pequena carta e espero que ela possa ler sozinha a que lhe enviei!” (Manuscrito CDOR Kempf n. 1842_08_15). Em seguida, trata com Amélie do ensino de cálculo. Explica longamente as instruções para o aprendizado em aritmética de Louise, afinal, ele chegou a escrever livros didáticos sobre o tema amplamente aplicado na França para o ensino primário.

Na ausência da máquina de cálculos, a menina brincava com fichas – disse Rivail –, umas valendo 100, outras 10 e 1. Com elas, iria compor os números, menores inicialmente e progredindo depois. O número 241, escreveria com duas fichas de 100, quatro de 10 e uma de 1, formando uma fileira. Unindo os símbolos com seus significados naturalmente. Depois disso, ela aprenderia que, após montar o número 19 com uma ficha de valor 10 e nove de valor 1, ao acrescentar uma ficha de valor 1, serão dez delas, e então poderá trocar por uma de valor 10, formando 20.

Que vemos aqui? O professor Rivail dedicou sua vida à educação dos franceses, trazendo de Yverdon o método transformador de Pestalozzi, que foi a base de sua educação na juventude. Criou um estabelecimento de referência em Paris, o Instituto Rivail de Educação, num grande prédio. O salão principal comportava mais de 500 pessoas. Enquanto Rivail era o diretor, Amélie gerenciava as atividades do instituto, além disso, ambos atuavam como professores, sendo que ela se dedicava ao ensino das artes. Agora, porém, os educadores dos parisienses tornaram-se educadores da pequena Louise. Não se trata de um desafio menor, mas ainda mais grandioso. Cuidar do Instituto requer uma responsabilidade profissional para atender aos alunos, mas aquela menina merecia o esforço deles enquanto pai e mãe. Aquela alma estava confiada aos seus esforços e dedicação.

O casal Rivail estava capacitado no que representava o ponto culminante do humanismo: a proposta liberal francesa, baseada na psicologia espiritualista, de despertar os valores da alma, pelo esforço pessoal. A faculdade da razão permite o uso da inteligência para compreender por si mesmo, conquistando a liberdade de pensar. O domínio da faculdade da vontade é a base da moral, quando a liberdade de escolha torna o ser verdadeiramente responsável pelos seus atos. E a imaginação, no despertar da criatividade, cria condições para a criação, a descoberta, valorizando profundamente o ser que aprende a dominar a si mesmo.

Foi um baque para Rivail receber de Amélie a notícia de que a pequena Louise, preparando para viajar de carruagem da casa de seus pais no interior para a capital, sentiu-se mal, desfaleceu e, por fim, morreu nos braços da mãe. Rivail, ainda sem compreender a reencarnação que viria a aprender com os Espíritos superiores, não conseguia encontrar respostas para esse terrível enigma. Qual o sentido para a morte prematura de uma criança, quando ainda desperta e se prepara para a vida?

Na contramão desse caminho libertador, os jesuítas, seguindo o caminho proposto por Inácio de Loyola desde 1534, lutavam contra o humanismo e o protestantismo, por meio de uma domesticação, na tentativa de retomar os tempos do poder absoluto de papas e reis. Essa proposta retrógrada fazia uso da escolarização para dominar, submeter, inibir. Os instrumentos eram o decorar, a competição, o castigo e a recompensa. O uso da violência era justificado pela falsa ideia de que o corpo deveria ser subjugado, por ser a fonte do pecado. Por sua vez, Pestalozzi e Rivail representavam o despertar da liberdade. O período das luzes estava rendendo frutos fundamentais para o surgimento de um novo mundo. Desde os séculos XIV a XVI, surgia uma reação contra todo tipo de autoritarismo, em favor do pensamento racional, a confiança do indivíduo no poder da razão. Esse período abriu caminho para a evolução da investigação, da revolução científica, o pensamento de que a realidade é regida por leis naturais, causando uma crescente erosão do mundo antigo, e o descrédito da estrutura autoritária da Igreja e da nobreza. Tudo vai caminhar para as revoluções, e o surgimento da necessidade de se repensar os fundamentos da civilização.

Para Allan Kardec, depois do desenvolvimento grandioso da ciência, por meio da inteligência, o novo objetivo seria a compreensão da alma, por uma psicologia experimental que compreendia o ser humano como alma encarnada, mas também do Espírito como alma desencarnada, ambos compondo a verdadeira humanidade, coexistindo em dois mundos.

Rivail tinha visto na educação proposta por Pestalozzi o meio de realizar essa tarefa. O afeto era central em seu método, dedicado a despertar na criança a autoeducação, baseada em suas capacidades inatas. A sociedade deveria considerar o amor materno como fenômeno de referência para que a cooperação, o apoio mútuo, substitua a competição presente na educação do mundo velho. O despertar da educação é um movimento de dentro para fora, baseado na autonomia intelecto-moral-criativa.

Surge um novo caminho

Depois da Revolução Francesa, o materialismo tomou o pensamento francês, como num torpor. Em reação ao fanatismo e à domesticação impostos por nobres e pelo clero, o anseio pela liberdade provocou o extremo oposto da crença na descrença. Até mesmo padres pregavam que em vida éramos escravos do corpo, e a realidade da alma estava distante deste mundo. Mas essa fase não durou muito. Os franceses sempre foram conscientes da realidade da alma, desde a ancestralidade nas gálias. Kardec explica num artigo da Revista Espírita de 1863, em outubro, o que chamou de “Reação das ideias espiritualistas”. Ele afirma que no período em torno da Revolução Francesa a sociedade estava tomada pelas ideias materialistas, negava-se tudo, até a existência de Deus, porém foi reconhecido que faltava às instituições sociais um apoio sólido. Diante de ampla necessidade de se compreender racionalmente o que é a alma, sua origem e seu destino, teve início “uma reação inevitável às ideias espiritualistas”, explica Kardec. O Espiritualismo Racional enquanto filosofia oficial da França após 1830 visava à regeneração da humanidade pelo desenvolvimento das faculdades da alma (razão, vontade, imaginação) e pela moral da liberdade. Conclui o professor: “Foi nessas circunstâncias, eminentemente favoráveis, que o Espiritismo chegou. Anteriormente, teria se deparado com o materialismo que tudo permeava; anteriormente, seria sufocado por um fanatismo cego. Apresenta-se no momento […] em que a reação espiritualista, provocada pelos próprios excessos do materialismo, se apodera de todas as mentes, quando estamos em busca das grandes soluções que dizem respeito ao futuro da humanidade.”

No século XIX, o movimento liberal promovido pelo Espiritualismo Racional propunha uma regeneração da humanidade, pelo desenvolvimento autônomo das faculdades da alma. A Doutrina Espírita, demonstrando as leis que regem o mundo espiritual, segundo Kardec, surgiu no momento ideal, apontando caminhos para a regeneração, de tal forma que o “Espiritismo não criou a renovação social, pois a maturidade da humanidade faz dessa renovação uma necessidade. Por seu poder moralizador, por suas tendências progressivas, pela elevação de seus propósitos, pela generalidade das questões que ela abraça, o Espiritismo está, mais que todas as outras doutrinas, apto a secundar o movimento regenerador. Por isso que é contemporâneo. Surgiu no momento em que podia ser útil, pois para ele também os tempos são chegados” (A Gênese, cap. XVIII, item 23).

A psicologia espiritualista explicava como o ser humano, por ter uma vida animal em virtude do corpo, podia ser domesticado por castigo e recompensa, caso não consiga prevalecer os valores de sua alma. No entanto, se a educação proposta se dedica a despertar as faculdades da alma, num ambiente de cooperação, a criança e o jovem vão agir pelos próprios esforços, conquistando o conhecimento pela razão, a moral pelo domínio da própria vontade e a capacidade criadora pela imaginação. A humanidade, por esse novo caminho, encontraria o seu verdadeiro destino, que é o de conquistar paz, equilíbrio e felicidade pessoal e social.

Muitas dúvidas ainda pairavam sobre o pensamento científico-filosófico pela incompreensão do que ocorre depois da morte. Essa psicologia espiritualista fazia uso da ciência para compreender o ser humano, mas não tinha como saber o que vinha depois de uma vida. Assim, por volta de 1854, o professor Rivail iria se deparar com uma nova ordem de fenômenos, os espíritas! As mesas girantes, os chapéus volantes, as sonâmbulas como porta-vozes do além. As respostas revolucionárias obtidas pelas cestas que corriam sobre as toalhas das mesas, nas reuniões mediúnicas. E o professor perguntou logo no início: “Quem são vocês?” E a resposta selou o seu destino: “Somos os Espíritos. As almas desencarnadas. Falamos do mundo espiritual, onde agimos, pensamos, tudo percebemos por meio do perispírito, o envoltório espiritual que imprime em si o processo evolutivo do ser, tornando-se mais leve, mais rápido, com o pensamento mais penetrante, quando, pelo seu próprio esforço, a alma conquista suas qualidades!”

A felicidade, explica Kardec em O Céu e o Inferno, é inerente à conquista das qualidades. E diz mais: a felicidade não é pessoal! Ela se expande quando, pelos laços espirituais, as almas formam numerosas famílias, que se dedicam ao processo evolutivo pelo apoio mútuo, respeitando a liberdade de escolha de cada um. Todos se ajudam pela inspiração, durante as missões de cada um. Esses grupos numerosos aprendem servindo aos mais simples, numa corrente infindável do bem. Por vezes, reúnem-se na espiritualidade, para se reverem e aprenderem com os caminhos percorridos. Outros momentos, aprendem com os Espíritos evoluídos. O mundo espiritual, para aqueles que tomaram consciência de sua realidade, é a compreensão de uma humanidade que vela pela harmonia universal, agindo cada um em seu nível, servindo à vontade divina. É a mais ampla diversidade refletindo a unidade divina. Essa é a nova perspectiva dos cosmos, segundo o Espiritismo.

Foi por meio da ciência espírita que o casal Rivail encontrou resposta para o enigma que marcou a vida sentimental desse pai e mãe devotados ao bem da pequena Louise. Na elaboração de O livro dos Espíritos, tomado de emoção diante das explicações reveladoras dos Espíritos superiores, certa vez, chegou o momento de questionar: “Que utilidade pode ter para um Espírito a sua encarnação num corpo que morre poucos dias depois de nascer?”. E os Espíritos responderam: “O ser ainda não tem consciência bastante desenvolvida da sua existência; a importância da morte é quase nula; frequentemente, como já dissemos, trata-se de uma prova para os pais” (Questão 347).

Em sua derradeira obra, A Gênese, escrita em 1858, quando faltava um ano para o seu retorno à espiritualidade, Kardec, numa nota do primeiro capítulo, explica aos pais que a educação pelo amor terá sempre resultado, cada minuto de dedicação terá frutos, mesmo que a criança enfrente a morte prematura: “Muitos pais de família deploram a morte prematura de filhos, para cuja educação fizeram grandes sacrifícios e dizem a si mesmos que tudo isso foi pura perda. Com o Espiritismo, eles não lamentam esses sacrifícios e estão prontos a enfrentá-los, mesmo com a certeza de ver os filhos morrerem, porque sabem que se eles não aproveitam tal educação no presente, ela servirá, primeiramente, para seu progresso como Espírito, depois, serão conquistas adquiridas para a nova existência. Quando regressarem a este mundo, possuirão uma bagagem intelectual que os tornará mais aptos para adquirir novos conhecimentos. Tais são os filhos que trazem ao nascer, ideias inatas, que sabem, sem precisar aprender. Se, como pais, não tiveram a satisfação imediata de ver os filhos usarem essa educação, eles a desfrutarão tarde, seja como Espíritos, seja como homens. Talvez venham a ser de novo os pais desses mesmos filhos, que se costuma dizer superdotados pela natureza, mas que devem suas aptidões a uma precedente educação. Como também se os filhos se desviam para o mal em sequência da negligência de seus pais, estes podem vir a sofrer mais tarde pelos aborrecimentos e desgostos que lhes suscitarão em nova existência”.

O casal Rivail dedicou suas vidas à educação. Primeiramente dos franceses. Depois, da pequena Louise, que os deixou prematuramente. Por fim, cumpriram a missão de estabelecer uma nova ciência, a que vai servir de alavanca para uma revolução moral, representando a educação da humanidade. Será o despertar de nosso futuro inevitável, a de tornar a Terra um mundo feliz.

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