Editorial: Kardec ante os paradoxos humanos, por Nelson Santos e Manoel Fernandes Neto

Tempo de leitura: 3 minutos

Por Nelson Santos e Manoel Fernandes Neto

“Já estou cheio de me sentir vazio
Meu corpo é quente e estou sentindo frio
Todo mundo sabe e ninguém quer mais saber
Afinal, amar o próximo é tão démodé”.

Renato Manfredini Júnior, o Renato Russo, expõe em “Baader-Meinhof Blues” a crueza dos paradoxos humanos, os vieses e as ilusões perante essa realidade. 

Uma dicotomia de difícil solução. Assim, os paradoxos humanos encontrarão, em Kardec, os questionamentos necessários ao progresso: será possível a solução dos males humanos perante a racionalidade espírita? 

O Coletivo ECK tem buscado por meio de um conteúdo aprofundado em todas as suas frentes, a capacidade de dialogar com a sociedade, isto é, com suas dúvidas, demandas reprimidas, preconceitos, confusões e, até mesmo, crueldades, trazendo a argumentação da Doutrina Espírita que surpreende, pois que potencializada para enfrentar a realidade. 

Na edições da Revista Harmonia, o Espiritismo é, também, exposto de forma contundente: a não-submissão a dogmas ou unguentos curadores e a atitude permanente de coragem dos bravos, que não se acovardam diante de mares revoltos, das criaturas marinhas e dos piratas implacáveis contra as verdades. 

O estudo do Espiritismo pulsa ao infinito no ECK, sem receios de enfrentamentos, mas com os sempre necessários questionamentos.  

Então… Os paradoxos humanos, catapultados pela alienação e a desilusão com a sociedade, permitirão que os valores humanos e espirituais kardequianos supram e resolvam esses interlóquios?

Nossa edição de julho vem colaborar para esse entendimento.

Para abrir a edição, trazemos o texto esclarecedor “Conflitos e Progresso”, de Marcelo Henrique. O autor navega pela vida em sociedade, passando pela filosofia para compreender nossos dias, em profundas reflexões que trazem a força necessária para abertura de uma edição com um tema tão relevante. O Coordenador-Geral do ECK também clarifica como o caráter humanista do Espiritismo pode propiciar uma melhor solução aos conflitos por meio da dialética e da dialógica.

Em águas profundas, mas não menos esclarecedoras, Maria Cristina Rivé em “Estamos cansados! Mas…”, traz a esperança do despertar do ser humano nas (atuais) relações de trabalho tóxicas, geradas pelo desempenho desenfreado.

“É preciso retomar algumas práticas esquecidas”, de Cláudio Bueno da Silva aborda que os conflitos inerentes ao convívio humano necessitam da interação de finalidades e a retomada do bom senso em suas soluções, 

Retomar os ensinos dos grandes avatares se faz necessário para o aquilatamento do ser e sua depuração moral, os quais são o motor para o progresso social na coletividade; eis a tese desenvolvida por João Afonso G. Filho em “O papel de cada um na transformação do Mundo”.

Felipe Felisbino aborda em “O privilégio de ter vivido a transformação do mundo” a ventura de ter vivenciado dois universos – analógico e digital, o que propiciou a ele (e a todos os congêneres) uma evolução ímpar, tornando tais seres em artífices e companheiros de jornada. E ainda, de certa forma, educadores, em uma realidade perante as novas gerações, exemplificando a capacidade de conectar e reconectar o ser humano com o ser humano.

No texto “Um toque de esperança”, Saara Nousiainen nos brinda com cadinhos que se fundem criando o esperançar ante as mazelas que assolam a humanidade, para nos apresentar um projeto visando um mundo melhor.

Wilson Custódio Filho, como sempre transparente em suas reflexões, traz o artigo “A mão direita e a mão esquerda: o paradoxo espírita – entre a discrição no bem e a necessidade de anunciá-lo, sob o olhar da Senhora dos Infortúnios Ocultos”, em que nos apresenta uma passagem de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e a sua simetria com os paradoxos que pululam na sociedade, desejando que a esperança se faça presente em cada instante.

Que a edição de junho da revista Harmonia propicie as necessárias reflexões para a compreensão de um tempo atribulado como o nosso.

E para “contrariar” o poeta Renato Russo, que possamos de fato colocar o amor ainda (e sempre!) como essencial. 

Boa leitura!

Imagem Pixabay free

 


Edição: Junho de 2025

 

Editorial: Kardec ante os paradoxos humanos, por Nelson Santos e Manoel Fernandes Neto

Conflitos e Progresso, por Marcelo Henrique

Estamos cansados! Mas…, por Maria Cristina Rivé

É preciso retomar algumas práticas esquecidas, por Cláudio Bueno da Silva

O papel de cada um na transformação do Mundo, por João Afonso G. Filho

O privilégio de ter vivido a transformação do mundo, por Felipe Felisbino

Um toque de esperança , por Saara Nousiainen

A mão direita e a mão esquerda: o paradoxo espírita – entre a discrição no bem e a necessidade de anunciá-lo, sob o olhar da Senhora dos Infortúnios Ocultos

 

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Postagem efetuada por membro do Conselho Editorial do ECK.

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