Mude a si mesmo, se você deseja que o mundo mude: a Dialética do Moral e do Social, por Jon Aizpúrua (Português e Espanhol)

Tempo de leitura: 11 minutos

Jon Aizpúrua

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Com uma compreensão ampla que vincula intimamente a moral à realidade social, o Espiritismo aponta um caminho concreto para encontrar soluções honestas e eficazes para os problemas humanos, conciliando os fatores sociais, econômicos e políticos com a dimensão espiritual, dando sentido à continuidade da vida após a morte e ao processo evolutivo sem fim que se desenrola através das existências sucessivas.

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Em suas reflexões acerca dos fundamentos espirituais sobre os quais uma sociedade mais justa, livre e fraterna deve ser construída, León Denis afirmou que “a questão social é, em última análise, uma questão moral”. O ilustre escritor francês, tão preocupado com a necessidade de apresentar o Espiritismo como uma filosofia transformadora da consciência humana e, consequentemente, da sociedade em que os seres humanos vivem e coexistem, não poderia ter sido mais preciso. Dado que a maior crise do mundo é a crise moral, ele reiterou que não seria possível construir uma sociedade melhor a menos que tal processo começasse com a transformação interior das pessoas que a compõem, em termos de seus princípios, valores e comportamentos. Essa ideia central resume a concepção espírita da relação dialética, intrínseca e indissolúvel que conecta a moral com a sociedade.

Desde os seus primórdios e fundamentado numa concepção imortalista e reencarnacionista, o Espiritismo se distanciou igualmente das noções teológicas e das doutrinas materialistas, que considera visões parciais, insuficientes ou errôneas da complexidade humana, pois não abarcam integralmente a participação e a interação dos diversos fatores de ordem espiritual, biológica, psicológica, cultural, sociológica, ética e moral que intervêm na constituição humana.

Diferentemente das religiões que reservam a felicidade pessoal para a condição pós-morte da alma e deixam tudo aos cuidados de Deus, que tendem a ignorar as condições injustas e degradantes que pesam sobre a vida da maioria da humanidade, ou das doutrinas materialistas que, ao rejeitarem qualquer ideia relacionada à transcendência espiritual, reduzem os processos sociais a conflitos por interesses econômicos e políticos ou às determinações da produção e do consumo, o Espiritismo promove e apoia todos os avanços que se traduzam na melhoria da vida das pessoas, tendo como horizonte a construção de sociedades livres, justas, equitativas, prósperas, fraternas, felizes e, em tudo, apegadas à realização dos direitos humanos. Por isso, percebe-se que o Espiritismo representa uma valiosa fonte de ensinamentos não apenas sobre a vida após a morte, mas também sobre tudo o que se refere às questões da vida corpórea, enfatizando que a melhor organização social é aquela inspirada na lei do amor, da qual derivam a justiça, a solidariedade e a fraternidade genuínas.

Em virtude do caráter racionalista e prático que Kardec imprimiu à filosofia espírita, esta não se reduziu a um âmbito exclusivamente especulativo, como se fosse uma abstração metafísica, mas assumiu um sentido normativo ao estabelecer diretrizes concretas para a vida humana em sociedade. O Espiritismo carrega consigo, essencialmente, uma dinâmica humanista, e isso é destacado em uma ampla variedade de textos, como as chamadas “Leis Morais”, contidas na terceira parte de “O livro dos Espíritos”. Em um esboço didático, Kardec procurou resumir em dez leis fundamentais uma orientação geral para a interpretação dos fenômenos sociais em sua indispensável relação com as condições morais de seus protagonistas: Lei da Adoração, Lei do Trabalho, Lei de Reprodução, Lei de Conservação, Lei de Destruição, Lei de Sociedade, Lei do Progresso, Lei de Igualdade, Lei de Liberdade, Lei de Justiça, Amor e Caridade.

Com essa compreensão ampla que vincula intimamente a moral à realidade social, o Espiritismo aponta um caminho concreto para encontrar soluções honestas e eficazes para os problemas humanos, conciliando os fatores sociais, econômicos e políticos com a dimensão espiritual, dando sentido à continuidade da vida após a morte e ao processo evolutivo sem fim que se desenrola através das existências sucessivas.

Do reconhecimento da relação e interação indissolúvel entre o moral e o social, conclui-se que os mais aptos a promover essas transformações sociais positivas são aqueles movidos por uma elevada consciência moral, sem, é claro, desconsiderar uma preparação intelectual suficiente. É axiomático que ninguém pode dar o que não tem. E isso se torna ainda mais relevante quando nos referimos aos líderes encarregados de liderar grupos sociais, empresas privadas, partidos políticos, a administração de assuntos comunitários ou o governo de nações. É difícil conceber uma gestão responsável, honesta, íntegra e justa das atividades públicas ou privadas por cidadãos cuja consciência não esteja em harmonia com os princípios básicos de honestidade, decência, lealdade, vocação para o serviço, solidariedade, generosidade e coerência entre o que se prega e o que se pratica.

É importante notar que a mudança moral de que o Espiritismo fala como base para a mudança social não deve ser interpretada num sentido quietista, como se fosse um processo mecânico ou automático. A “bondade” das pessoas não basta para tornar o mundo um lugar melhor, quase que magicamente. Esse objetivo não pode ser alcançado seguindo docilmente uma receita de autoajuda. O importante é que o ser humano, renovado em seus valores, movido por uma consciência crítica, ressoando com compaixão e sentimento de dor pelo próximo, se livre do egoísmo e da apatia, supere o conformismo e a indiferença e mobilize sua vontade e seus esforços cotidianos com entusiasmo e energia a serviço da transformação da sociedade.

Se é verdade que cada indivíduo decide de acordo com os ditames de sua consciência espiritual, síntese de sua reencarnação, não é menos verdade que esse ditame assume pleno significado no quadro dos valores e normas da sociedade que o acolhe em cada uma de suas existências. É por isso que a conduta moral orienta ou indica o tipo de organização a que se aspira. Uma sociedade melhor, em termos gerais, exige um mínimo moral inalienável que, para além da credulidade ou da descrença, indique aquilo pelo qual vale a pena viver e lutar.

Como abordagens práticas em relação ao exposto, vale mencionar, em primeiro lugar, a família, espaço privilegiado para alcançar níveis progressivamente maiores de humanização entre seus membros. Os pais têm a importantíssima obrigação de educar seus filhos, e a sociedade deve considerá-los seus primeiros e principais educadores. O cumprimento desse dever é tão importante que, quando ausente, dificilmente pode ser substituído. Um ambiente doméstico saudável, tanto física quanto psicologicamente, é onde as qualidades essenciais das crianças e dos jovens são melhor ensinadas e modeladas para fortalecer uma personalidade alicerçada nos mais altos e nobres princípios: amor ao próximo, cultivo honesto dos sentimentos, integridade de comportamento, sinceridade nas palavras, lealdade aos próprios compromissos, retidão na vida cívica, disposição para o trabalho e, em geral, tudo o que a prática das virtudes implica.

Em segundo lugar, um fator fundamental na transmissão de ensinamentos morais às novas gerações é o sistema educacional, que canaliza as responsabilidades e iniciativas da sociedade. O Estado deve garantir o desenvolvimento humano integral e a diversidade do conhecimento por meio da instituição educacional, que deve ser laica por definição, a fim de garantir uma educação livre de dogmas, bem como o direito à liberdade de pensamento, à tolerância entre os alunos e ao devido respeito tanto aos professores quanto às crenças religiosas, filosóficas ou éticas individuais, que devem ser ensinadas nos lares de acordo com as preferências das famílias.

E para complementar o papel desempenhado pela família e pela escola, deve-se enfatizar que a ação política acarreta, em alto grau, um conjunto de exigências morais. Sem uma consciência tranquila e uma vontade ética, a atividade política, mais cedo ou mais tarde, degenera em um poder destrutivo. Em todo o mundo, encontram-se exemplos lamentáveis ​​do uso degenerado, despótico e corrupto do poder. As exigências éticas estendem-se tanto à própria administração pública quanto às pessoas que a dirigem ou exercem. Portanto, é o espírito de serviço autêntico e a busca resoluta do bem comum que justificam e podem reivindicar aqueles que se dedicam à atividade política, assim como o povo justamente exige e necessita.

Insistindo na mudança pessoal como exigência e fundamento da mudança social, e simultaneamente admitindo que a própria sociedade, com seus determinantes econômicos, políticos e jurídicos, com seus valores culturais, religiosos e morais, com suas crenças, tradições e costumes dominantes, constantemente submetidos a processos dinâmicos de transformação, exerce poderosa influência sobre cada ser humano, no quadro de um processo de interação dialética, o Espiritismo, autenticamente kardecista, laico, livre-pensador, humanista, progressista e voltado para o futuro, deve sempre situar-se numa perspectiva que lhe permita interpretar adequadamente os sinais dos tempos e responder com firmeza aos desafios do mundo moderno, justamente a partir de sua relação com a transcendência espiritual do ser humano.

Nota do ECK: Livre tradução de Marcelo Henrique, em relação ao original, em espanhol.

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ESPANHOL

Cambia tú si quieres que el mundo cambie: Dialéctica de lo Moral y lo Social

Jon Aizpúrua

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Con una comprensión amplia que vincula íntimamente la moral con el hecho social, el espiritismo señala un camino concreto para ir al encuentro de soluciones honestas y eficaces para los problemas humanos, conciliando los factores sociales, económicos y políticos con la dimensión espiritual, otorgándole sentido a la continuidad de la vida después de la muerte y el interminable proceso evolutivo que se desenvuelve a través de sucesivas existencias.

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En sus reflexiones acerca de las bases espirituales sobre las cuales se ha de sustentar una sociedad más justa, libre y fraterna, decía León Denis que “la cuestión social es en última instancia una cuestión moral”. No podía ser más preciso el ilustre escritor francés a quien tanto preocupaba la necesidad de presentar al espiritismo como una filosofía transformadora de la conciencia humana y en consecuencia de la sociedad en que los seres humanos viven y conviven. Siendo así que la crisis mayor del mundo es la crisis moral, reiteraba que no es posible concretar la edificación de una sociedad mejor si tal proceso no comienza por la transformación interior de las personas que la forman en cuanto a sus principios, valores y comportamientos. En esta idea nuclear se resume la concepción espírita en torno de la intrínseca e indisoluble relación dialéctica que conecta la moral con lo social. 

Desde sus inicios y afirmado en una concepción inmortalista y reencarnacionista, el espiritismo marcó distancia por igual de nociones teológicas como de doctrinas materialistas, a las que considera visiones parciales, insuficientes o erróneas de la complejidad humana, por no abarcar en su conjunto la participación e interacción de los diversos factores de naturaleza espiritual, biológica, psicológica, cultural, sociológica, ética y moral que intervienen en la constitución humana. 

A diferencia de las religiones que reservan la felicidad personal para la condición postmortem del alma y dejando todo a cargo de Dios tienden a desentenderse de las injustas y degradantes condiciones que gravitan sobre la vida de la mayoría de la humanidad, o de las doctrinas materialistas que por rechazar toda idea relativa a la trascendencia espiritual reducen los procesos sociales a los conflictos por intereses económicos y políticos o a las determinaciones de la producción y el consumo, el espiritismo promueve y respalda todos los avances que se traduzcan en el mejoramiento de la vida de las personas, teniendo como horizonte la construcción de sociedades libres, justas, equitativas, prósperas, fraternas, felices, y en un todo, apegadas al cumplimiento de los derechos humanos. Por este motivo puede apreciarse que el espiritismo representa una valiosa fuente de enseñanzas no solo en lo que respecta al más allá sino en todo cuanto se relaciona con los asuntos de la vida corpórea, haciendo énfasis en que la mejor organización social es la que se inspira en la ley del amor, de la cual se deriva la genuina justicia, solidaridad y fraternidad.

En virtud del carácter racionalista y práctico que Kardec imprimió a la filosofía espírita, ella no quedó reducida a un ámbito exclusivamente especulativo como si se tratara de una abstracción metafísica, sino que adoptó un sentido normativo al establecer pautas concretas para la vida del ser humano en la sociedad. El espiritismo lleva consigo, esencialmente, una dinámica humanista y esto se pone de relieve en muy diversos textos como sucede con las denominadas “Leyes Morales” contenidas en la tercera parte de “El libro de los Espíritus”. En un esquema didáctico quiso Kardec resumir en diez leyes fundamentales una orientación general para interpretar los fenómenos sociales en su indispensable relación con las condiciones morales de sus protagonistas: Ley de adoración, ley del trabajo, ley de reproducción, ley de conservación, ley de destrucción, ley de sociedad, ley de progreso, ley de igualdad, ley de libertad, ley de justicia, amor y caridad.

Con esta comprensión amplia que vincula íntimamente la moral con el hecho social, el espiritismo señala un camino concreto para ir al encuentro de soluciones honestas y eficaces para los problemas humanos, conciliando los factores sociales, económicos y políticos con la dimensión espiritual, otorgándole sentido a la continuidad de la vida después de la muerte y el interminable proceso evolutivo que se desenvuelve a través de sucesivas existencias.

Del reconocimiento de la indisoluble relación e interacción entre lo moral y lo social se desprende que quienes mejor pueden impulsar esas transformaciones sociales positivas son aquellos que están animados por una conciencia moral elevada, sin obviar, por supuesto, una suficiente preparación intelectual. Es axiomático que nadie puede dar lo que no tiene. Y esto cobra mayor relevancia cuando se hace referencia a los líderes a quienes corresponde dirigir agrupaciones sociales, empresas privadas, partidos políticos, la administración de los asuntos de cada comunidad o el gobierno de las naciones. Es difícil concebir una dirección responsable, honesta, recta y justa de las actividades públicas o privadas por parte de ciudadanos cuya conciencia no está en armonía con los principios básicos de la honradez, la decencia, la lealtad, la vocación de servicio, la solidaridad, la generosidad, la coherencia entre lo que se predica y lo que se practica.

Conviene advertir que el cambio moral de que habla el espiritismo como base del cambio social, no ha de interpretarse en un sentido quietista como si se tratara de un proceso mecánico o automático. No basta el “buenismo” de las personas para que de manera cuasi mágica el mundo se torne mejor. No es siguiendo dócilmente un recetario de autoayuda como ese objetivo podrá alcanzarse. De lo que se trata es que los seres humanos, renovados en sus valores, agitados por una conciencia crítica, vibrando en la compasión y el sentimiento de dolor de los otros, se sacudan el egoísmo y la apatía, venzan el conformismo y la indiferencia, y movilicen con entusiasmo y energía su voluntad y su esfuerzo cotidiano al servicio de la transformación de la sociedad.

Siendo cierto que cada individuo decide de acuerdo con lo que dicta su conciencia espiritual, síntesis de su evolución reencarnatoria, no es menos cierto que dicho dictado cobra pleno sentido en el marco de los valores y normas de la sociedad que le acoge en cada una de sus existencias. Es por esto que la conducta moral orienta o indica el tipo de organización a la que se aspira. Una sociedad mejor, en términos generales, demanda un mínimo moral irrenunciable que más allá de credulidades o descreimientos señale por lo que vale la pena vivir y luchar.   

Como enfoques prácticos de lo anterior, cabe aludir en primer lugar a la familia, espacio privilegiado para conseguir cotas progresivamente mayores de humanización de sus integrantes. Los padres tienen la importantísima obligación de educar a sus hijos y la sociedad debe considerarlos como los primeros y principales educadores de los mismos. El cumplimiento de este deber es de tanta relevancia que, cuando falta, difícilmente puede suplirse. En un ambiente hogareño sano, física y psíquicamente, es donde mejor se imparten y se modelan las cualidades esenciales de los niños y de los jóvenes para fortalecer una personalidad afincada en los más elevados y nobles principios: amor al prójimo, cultivo honesto de los sentimientos, integridad del comportamiento, sinceridad en las palabras, lealtad con el compromiso adquirido, rectitud en la vida ciudadana, disposición para el trabajo, y en general, todo lo que entraña la práctica de las virtudes. 

En segundo lugar, un factor fundamental de la transmisión de las enseñanzas morales a las nuevas generaciones es el sistema educativo que canaliza las responsabilidades e iniciativas de la sociedad. El Estado debe garantizar la formación humana integral y la diversidad de saberes a través de la institución escolar, la cual ha de ser laica por definición, a fin de garantizar una educación libre de dogmas, así como el derecho a la libertad de pensamiento, la tolerancia entre los educandos, y el debido respeto, tanto a los docentes como a las particulares creencias religiosas, filosóficas o éticas, que han de ser impartidas en los hogares conforme a las preferencias de las familias.

Y para completar el rol que desempeñan la familia y la escuela, hay que recalcar que la acción política comporta en grado sumo un conjunto de exigencias morales. Sin una conciencia limpia y sin una voluntad ética, la actividad política degenera, tarde o temprano, en un poder destructor. Por todas partes del mundo se encuentran lamentables ejemplos del empleo degenerado, despótico y corrupto del poder. Las exigencias éticas se extienden tanto a la gestión pública en sí misma como a las personas que la dirigen o ejercen. Son, por lo tanto, el ánimo de auténtico servicio y la prosecución decidida del bien común, los que justifican y pueden reivindicar a quienes se dedican a la actividad política, tal cual justamente los pueblos demandan y necesitan.

Insistiendo en el cambio personal como requisito y sustrato del cambio social, y admitiendo a la vez que la propia sociedad, con sus determinaciones económicas, políticas y jurídicas, con sus valores culturales, religiosos o morales, con sus creencias, tradiciones o costumbres dominantes, sometida sin cesar a procesos dinámicos de transformaciones, ejerce una poderosa influencia sobre cada ser humano, en el marco de un proceso de interacción dialéctica, el Espiritismo, auténticamente kardecista, laico, librepensador, humanista, progresivo y progresista, ha de colocarse siempre en una perspectiva que le permita interpretar adecuadamente los signos de los tiempos y responder con firmeza a los desafíos del mundo moderno a partir justamente de su relación con la trascendencia espiritual del ser humano.

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Imagem de G.C. por Pixabay

 


Setembro de 2025

ACESSE: Harmonia – Setembro de 2025

 

 

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Postagem efetuada por membro do Conselho Editorial do ECK.

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2 thoughts on “Mude a si mesmo, se você deseja que o mundo mude: a Dialética do Moral e do Social, por Jon Aizpúrua (Português e Espanhol)

  1. Muito bom! A leitura desse artigo me faz renascer a esperança – A conexão entre ética e justiça social, tão bem desenvolvida no texto, reforça o papel do Espiritismo como filosofia ativa e humanista, capaz de inspirar ações concretas em favor de uma sociedade mais fraterna e consciente. Parabéns pela lucidez e profundidade!

  2. As questões sociais são importantes para o desenvolvimento espiritual, uma vida digna que implica em estudo , trabalho, lazer, moradia. Como se pode progredir espiritualmente se materialmente quando encarnados não temos o mínimo para viver, lembro do “Óbulo da Viúva “Marcos XII : 41 a 44, onde ela doa tudo o que tem e é justamente uma das figuras mais preteridas da sociedade de então, sem direito a trabalho e o mínimo de dignidade; mulher, viúva, sem dinheiro , sem nada. Justiça social é um ato de amor e caridade