Carta a um(a) jovem espírita, por Manoel Fernandes Neto

Tempo de leitura: 11 minutos

Por Manoel Fernandes Neto

Caro(a) jovem espírita,

Falar com você sempre será um desafio. Até porque eu não fui um jovem espírita. Conheci a doutrina aos 40 anos, em uma vida que flertava com o ateísmo e exercitava o agnosticismo, dois termos, aliás, que andam juntos [1]. Todavia, isso pode ter me oferecido o necessário distanciamento para ver os horizontes além do corriqueiro prisma religioso-espiritual; consequentemente, isto me possibilitou ser do mundo muito mais do que estar no mundo [2]. Sintomático, porque não recebi a clássica educação doutrinária espírita quando criança e jovem. No caso do Brasil, a maioria dos lares de espíritas e nas casas ligadas ao Espiritismo, subsiste a realidade abraçada a uma religião sobreposta aos conceitos filosóficos e científicos trazidos por Allan Kardec. 

Desafiei-me a escrever essa “carta”, um modelo de texto já muito usado em diversas áreas de conhecimento, mas não ultrapassado. O motivo é que escrever cartas nos traz a informalidade necessária para falar dos assuntos de forma simples. Assim, não espere, jovem espírita, citações longas de grandes autores, espíritas ou não — ou, mesmo, longos trechos reflexivos de Allan Kardec. Talvez algumas notas, aqui ou acolá…

Também você não receberá de mim uma “chuva” de regras de conduta que possa espantá-lo já nos primeiros parágrafos. Missivas não são indicadas para regras e conselhos, mas para notícias (boas!), registros, mensagens, histórias e memórias. O estilo também é essencial para compreensão. Não vou me camuflar de erudito — pois não sou — nem me deter em palavras difíceis. Sou jornalista e minha formação na escrita é em linguagem informal, por vezes literária, sempre coloquial. Escrevo o que sinto, baseado em informações. Neste documento, o que eu escrevi são algumas percepções — não todas — que tive nesses anos que conheci a obra de Allan Kardec e as ocorrências que me trouxeram novas descobertas existenciais e… muitas amizades! Escrevo também como pai de duas jovens espíritas, Rafaela e Manuela. 

Bom esclarecer: estou considerando jovens as pessoas entre 15 e 29 anos, conforme definido pelo Estatuto da Juventude [3], assim como outros critérios similares. Existem certamente ressalvas, em um termo tão amplo: uma pessoa de 35 anos, por madura que seja, também pode ser considerada jovem. Mas você pode estender esse critério de idade, incluindo também a forma de pensar. Com certeza essa carta pode ser lida em qualquer idade, escrita por alguém que já passou dos 60.

É saudável escolher

O que mais me atraiu ao Espiritismo é que ele não almeja ser ou ter um caráter exclusivista como visão espiritual. E isso é importante para anotar: lembrar que esse conhecimento não é “salvacionista”, enquanto doutrina espiritualista e, muito menos, ele detém o monopólio da “verdade”, para guiar as pessoas. Expressões como o “mundo inteiro será espírita”, ou essa ou aquela filosofia e ciência “está professando o Espiritismo” é uma grande balela que querem incrustar nos jovens [4]. O motivo é o exercício do poder de qualquer religião: criar um monopólio na chamada transcendência, expressando-se como “a melhor” dentre todas, a panaceia para todos os males.

Aproveitando esse aspecto do aprendizado constante, viver a espiritualidade não é renegar o mundo, com sua vida social e política. Abraçar o conhecimento de uma doutrina espiritualista não é virar as costas para o planeta que você vive. Portanto, jovem espírita, mantenha seus vínculos com o mundo material; é nele que está seu verdadeiro aprendizado, aguardando que você tenha as vivências que você merece de acordo com a sua idade.

Isso não quer dizer que você não possa ter responsabilidades pelos seus atos; não foi o Espiritismo que inventou os conceitos de “causa e efeito”, ou de “ação e reação” — use o termo da forma que preferir; ou seja, tudo aquilo que você faz por pensamento ou ação gera um resultado, em você e/ou em seu entorno; isso é um fato, sem julgamento de valor. Não precisa ser, você, espírita para percebê-lo. A análise dos aspectos positivos (ou não) de cada atitude é saudável e ajuda você a buscar de forma satisfatória a melhor direção.

Tudo nos convém

Viver intensamente faz parte da juventude, o período mais extraordinário de nossas vidas, muitas vezes não compreendido por dirigentes espíritas [5]. É desse tempo que você vai ter as melhores lembranças; é desse tempo que você vai guardar os melhores amigos; é desse tempo que você vai acumular as maiores emoções. Em vista disso, não se prenda a nenhum tipo de dogma — mesmo aqueles que são apresentados como “essenciais” para viver. Porque viver cultivando dogmas não lhe permite a plenitude de olhar, aquela intensidade necessária para formar um álbum de lembranças irresistíveis. 

Viva! Para poder guardar… Por exemplo: quando eu sinto as minhas articulações doendo, lembro como eu jogava bola com os meus amigos, na adolescência, descalço, sem medo de tropeçar e muitas vezes até me machucando dolorosamente. Quando eu me esqueço de um termo ou uma palavra, rememoro como minha mente era tão boa quando eu vivia o sol da juventude: como eu era capaz de aprender com facilidade estudos sociais, geografia, história e, até mesmo, biografias de grandes vultos. Quando acordo no meio da noite, insone, às vezes lembro como era dormir aos sábados, dias sem aula, até ao meio-dia, sob protestos de minha mãe.

Jovem espírita, não tenha jamais medo de arriscar! O risco faz parte da nossa existência, o risco faz parte da sua vida. Às vezes ponderamos demais e não fazemos aquilo que temos que fazer, seja longe ou perto da chamada “zona de conforto”. A jornada é a essência e tudo nos convém [6]. Ela clama por coragem, para imprevistos e “perrengues”. Aliás, lembre-se que qualquer viagem faz uma analogia com a vida da gente, mesmo que isso possa ser um clichê poderoso, que se encaixa direitinho em nossa longa jornada de existência. Em um texto recente, minha filha primogênita, Manuela, jovem de 30 anos, relacionava todos os apetrechos necessários para uma viagem; e não eram as coisas materiais! Não eram valises, carregadores de celular e power bank, mas sentimentos e atitudes. Ela listou alguns: coragem, flexibilidade, respiração profunda, curiosidade e gratidão. Mas você pode refletir e colocar muitos outros na aplicação para uma “vida melhor” — aqui um clichê bem colocado. 

Aliás, amigo(a) jovem, não tenha medo de clichês! Eles foram feitos para nos divertir quando encontrados; desconfie, isso sim, de aspectos do Espiritismo, transvestidos em mantras por dirigentes, para nos controlar. Para controlar você! Repare, jovem espírita, que eu cheguei até esse trecho dessa carta e não falei de “vidas passadas”, “provas e expiações”, “dívidas antigas”, “presenças negativas”, “Espíritos de luz”; sim, você pode viver sem isso, arrisco até que alguns conceitos foram criados para não darmos, assim, tanta importância. Eles estão ali, mas não precisam ser lembrados todos os dias. Acredite! O que vamos fazer para o nosso progresso não pode estar atrelado a máximas envelhecidas. Isso é que é “divino e maravilhoso” [7]!

Gurus e velhos ranzinzas

Lembre: Deus é simples. “É o que é”. Sem a obrigatoriedade de compreendermos a Sua essência. Grandes pensadores e cientistas já refletiram sobre Ele, sem chegar a nenhuma conclusão; porque Deus não será Deus se desvendarmos a Sua origem. Essa incógnita é a causa primária de todas as coisas [8]. Caso queira, leia, reflita e estude a respeito de variadas fontes e autores, sob todos os nomes que Ele tem. Isso enriquece, mesmo nos confundindo, na nossa pequenez. Jovem, “saiba Deus” como essa força que “está sem ser”, que te acompanha mas aceita as tuas escolhas, que ama mas nós ainda não conseguimos compreender esse amor. Interprete Deus, então, na forma que você achar mais conveniente, mesmo que o enxergue metafísico demais para o seu dia a dia atribulado, e que ache tudo muito exagerado, nos discursos dos espíritas mais velhos.

Aliás, é bom dizer, os espíritas mais velhos se tornaram melindrosos; então, deles suspeite sempre! Rejuvenescer um velho espírita é algo mais difícil do que saber “asfaltar” uma rua de uma “cidade astral” [9]. O velho espírita está sempre preso à letra, não ao espírito da letra e faz disso seu discurso único; fala dos seus anos de labuta; cita tudo que fez “ao próximo”; ou sabe “de cor” cada pergunta (e a resposta) de “O Livro dos Espíritos”. Talvez não todas, porque seria uma enciclopédia ambulante… Claro que eu estou generalizando, porque existem alguns espíritas antigos — muitos no grupo ECK [10] — que buscam um novo olhar sobre todos os aprendizados, longe de púlpitos, de popstars e de assembleias com centenas de pessoas aplaudindo, sem sequer refletir sobre a essência da doutrina.

Lembre, jovem espírita, que saberes merecem respeito, pessoas merecem respeito — as mais velhas ainda mais —, todavia, nada substitui a dialética e a dialógica, dois termos que merecem aprofundamento [11]. Duvide dos gurus, principalmente daqueles que gostam de sensacionalismos e de ver milhares curtindo seu nome, trazendo o engajamento em redes sociais a cada suspiro vazio ou discurso de autoridade. Lembro de um fato que Allan Kardec citou em suas obras: o verdadeiro conhecimento é cultivado em pequenos grupos [12], em pequenas mensagens e olhares, em indagações pertinentes, em debates respeitosos, como você faz com aquele seu amigo do trabalho ou da escola. Portanto, não acredite em unanimidades [13]. 

Laicidade e caixas fechadas

Apesar de, particularmente, não gostar de autoajuda, vou falar de algo usado como tal; um conceito bem “senso comum”, mas que eu aprecio muito (ninguém é perfeito, não é?!): o que vale é o momento vivido, o chamado “agora!”. O agora tem um grande significado e não foi inventado pelos coachs. O agora sempre esteve ali sem você saber. Ele é insubstituível, inalterável, e só vale no momento que você está vivendo, diante de suas atitudes. Esse dessa carta, por exemplo, ou melhor, de cada linha ou palavra. Se pudéssemos viver somente no agora, sem olhar para trás ou para a frente, isso seria uma inestimável conquista; mas você não deve ter ouvido essa grande beleza de muitas pessoas. Principalmente na ambiência espirita tão apegada a passados e a futuros…

Jovem espírita, não tenha medo de contrariar, não tenha medo de discordar, não tenha medo de dizer que você não entendeu ou que não quer agir de tal ou qual maneira. Muitas coisas a gente não aprende em cursos sistematizados ou palestras. Muitas vezes, certos ensinamentos empacotados querem colocar você dentro de uma caixa do “movimento”. E você sabe, caixas não são feitas para ficarem abertas. Assim, você não vai ouvir dentro desses recepientes temas essenciais como direito ao aborto, emergência climática, violência contra mulher, democracia, politica como elemento de transformação, ativismo humanista, orientação sexual e de gênero, causa LGBTQIA+, racismo estrutural, ou mesmo os termos “progressismo” — como necessidade premente de evolução —  “progressista” — como compromisso individual do espírita com o coletivo — e “laicidade”. 

Ah, a laicidade… Você já ouviu falar? Laico, exatamente como o Estado Brasileito, algo delimitado na nossa Constituição Federal [14]. A laicidade, em uma definição simples, é a separação de política e religião, ou governo e religião, com a neutralidade que permite a manifestação das diversas opiniões, seja de religiosos, agnósticos, ateus, ou de quaisquer outras correntes políticas ou doutrinárias, desde que nenhuma opinião formulada por alguma das correntes de pensamento tenha caráter vinculativo” [15].

O cara!

Laicidade, no Espiritismo, é estudar na essência o tríplice aspecto da doutrina como ciência, filosofia e conhecimento moral, como quis Kardec — mesmo que, em alguns momentos, ele tenha se entusiasmado e até cometido alguns exageros em relação à religião. Caro jovem espírita, saiba que não é proibido duvidar de Allan Kardec, como devem ter ensinando a você; porque nem tudo que ele escreveu pode e deve ser levado ao “pé da letra”, considerando sempre a época e o local em que viveu; e ele mesmo disse isso [16] dentro de sua visão plural e gentil dos ensinamentos dos Espíritos. E o plural é belo! 

Devemos sempre colocar o pluralismo em ideias e posturas acima de tudo. Principalmente ressaltar que cada um pode ser o que quiser e que muitos conceitos antigos devem ser revistos. Jesus — claro que você já deve ter ouvido falar desse cara — andava com prostitutas, pobres, trabalhadores, miseráveis, desorientados, traidores e cobradores de impostos. Sua fala era (e é) revolucionária: aceitar a todos com amor e não apontar o dedo para as diferenças de raça, credo, etnia, orientações políticas e atributos da personalidade; o “cara” tinha mente aberta para todas as perspectivas. Ele foi uma pessoa — Espírito, como nós —, um pensador, com uma obra admirável. Não pense nele como algo excelso ou extraordinário; caso fosse dessa forma, ele não poderia ser um exemplo, entre outros, para entendermos suas falas e atitudes como ensinamentos [17]

Não siga o  “Jesus está no comando!”, pois ele não está nessa posição,  como lhe ensinaram em palestras; quem está no comando é você. Metaforicamente, Jesus pode ser considerado uma bússola como tantas outras que já surgiram, também com obras poderosas e relevantes, mas que convidam você a estudar. Abra o leque de seus estudos, para honrar a inteligência humana que tem atingido patamares indescritíveis em saberes espirituais e ontológicos. 

Ousadia

Acho que já falei demais para uma carta e sei que a juventude tem pressa. Pode ser que eu escreva mais para você, outras vezes, trazendo novos aspectos para a sua juventude espírita; ou não escreva… Neste momento, não posso deixar de contar mais uma vivência de quando cheguei ao centro espírita pela primeira vez. Na ocasião — neófito — dois aspectos do Espiritismo mais me atraíram. Primeiro a imortalidade do Espírito. Me descobrir imortal foi algo que arrebatou meu ser — além da matéria, além do corpo bruto —, com erros e acertos convivendo em longa trajetória evolutiva. Isso é algo que ainda me toca profundamente, com muita poesia.

O outro aspecto foi a categoria dos mundos habitados, considerando a explicação de Kardec — que deixou claro que seria somente um exemplo para esclarecimento. O ensinamento me mostrou, de uma forma filosófica, que a Terra — e nós, Espíritos da Terra —, não éramos o centro do universo, nem dos outros universos; outros seres, iguais ou de outras formas, poderiam ser chamados de iguais. Isso também me fez pensar em outros tipos de “mundos”: os psíquicos, os psicológicos e os pessoais que vivemos, por opção ou como encarcerados, sem aproveitar a grandeza da existência, como todos os seus matizes e nuances. Essa valorização da vida em um “mundo” próspero é o que desejo a você, jovem espírita!

Faça sempre o seu melhor! É cansativo e inviável tentar acertar o tempo inteiro; esqueça isso! Viver também é errar! Da forma como é insistentemente dito, o termo “reforma íntima” é uma das maiores anomalias já ensinadas aos jovens. Porque é uma palavra sem nexo para impregnar em você a preocupação em ficar o tempo inteiro se modificando, quando, em realidade, os acertos e os erros estão inseridos em uma lógica de aprendizado, sem imposições, sem punições, sem sentimento de culpa, sem busca pela “perfeição” [18]. A “perfeição” (relativa, é claro), virá. Mas no seu tempo! Acredite, não queremos nem estamos aqui para reformar nada, mas sim estarmos atentos ao caminho: com suas surpresas, paisagens inesperadas, sentimentos novos, amigos diferentes de nós, ao sabor do vento, com responsabilidades, mas também com ousadia. 

Fique bem, jovem. Fique bem, jovem espírita! 

Notas do Autor:

[1] Ateísmo é a ausência de crença em Deus, enquanto agnosticismo é a impossibilidade de afirmar (ou negar) a Sua existência.

[2] Referência ao conceito “estar no mundo, mas não ser do mundo”, presente no Novo Testamento e em textos e palestras espíritas. 

[3] Estatuto da Juventude (Lei Federal n. 12.852/2013), disponível em: < LINK >. Acesso em 20 de abril de 2025.

[4] No Editorial do Portal ECK, “Espiritismo, Ciência e Universidade: uma simbiose inafastável”, é destacado o discurso religioso espírita como dificultador para o desenvolvimento pleno de uma ciência espírita, disponível em: <LINK>. Acesso em 29 de abril de 2025.

[5] No artigo o “Jovem e a instituição espírita”, o autor, Marcelo Henrique, fala da dificuldade dos dirigentes espíritas compreenderem e valorizarem a juventude espírita, disponível em: < LINK >. Acesso em 20 de abril de 2025.

[6] Referência irônica e inversa à frase ”Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”, texto de Paulo de Tarso, presente na “Primeira Epístola aos Coríntios” (6,12).

[7] Referência à canção “Divino, Maravilhoso”, composta por Caetano Veloso e Gilberto Gil (1968), notabilizada na voz de Gal Costa, citada no editorial da Revista Harmonia, sobre o progresso, março de 2025, disponível em: <LINK>. Acesso em 20 de abril de 2025.
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[8] Referente à questão número 1, de “O Livros dos Espíritos”: “O que é Deus?”

[9] Alusão sobre a fixação da ambiência espírita sobre a ideia de cidades e colônias espirituais, destacada no artigo “O feitiche por ‘Nosso Lar’”, dos autores Maria Cristina Rivé e Marcelo Henrique, disponível em: <LINK>. Acesso em 20 de abril de 2025.

[10] O Grupo ECK tem como filosofia bem definida de sua atuação “estudar para saber. Debater para conhecer outras opiniões. E avançar a partir da dialógica e da dialética”, disponível em: <LINK>. Acesso em 20 de abril de 2025.

[11] Em entrevista alusiva aos 8 anos de fundação do Grupo Espiritismo com Kardec (ECK), Marcelo Henrique fala, entre outros temas, sobre dialética e dialógica desenvolvida pelo grupo, disponível em: <LINK>. Acesso em 20 de abril de 2025.

[12] Diz Allan Kardec, na “Revue Spirite”, edição de Outubro de 1860: “Nos pequenos grupos, todos se conhecem melhor, estão mais em família, e podem ser com melhor critério admitidos aqueles que desejamos. Como, em definitivo, todos tendem para um mesmo fim, podem entender-se perfeitamente e entender-se-ão tanto melhor por não haver aquela suscetibilidade incessante, que é incompatível com o recolhimento e a concentração de Espírito.”

[13] Alusão à frase atribuída ao escritor Nelson Rodrigues, “Toda a unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”.

[14] Referência aos artigos 5º e 19, da Constituição Federal de 1988, que consagram o Brasil como um Estado laico. 

[15] Texto “Estado laico, direitos fundamentais”, de autoria de Cássia Maria Senna Ganem, Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Consultora Legislativa do Senado Federal, disponível em: <LINK>. Acesso em 20 de abril de 2025.

[16] Referência ao Cap. I, do livro de Allan Kardec, “A Gênese”, item 55. “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.”

 [17] Referência à questão 625, de “O Livro dos Espíritos”: “Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo? – Vede Jesus.” 

[18] No texto “O labirinto do perfeccionismo: cogitações sobre a perfeição moral”, de autoria de Marcelo Henrique, o autor dicorre sobre evidências de que a chamada “busca da perfeição” propagada pelas instituições espiritas, “humilha e dificulta” a aceitação dos próprios erros, atrapalha o processo da caminhada progressiva, disponível em: <LINK>. Acesso em 20 de abril de 2025.

Imagem de StockSnap por Pixabay

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Postagem efetuada por membro do Conselho Editorial do ECK.

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