Leopoldina Xavier
O egoísmo pode se tornar ilimitado quando age exclusivamente para si em um ímpeto no desenvolver a prosperidade ou os desejos.
Há sempre a pensar nas ações que se pratica, como o meio a utilizá-la – ou de si ou para si. As ações podem se dirigir a um objetivo de conquista plausível, com finalidade própria e definida, por exemplo, a necessidade de tomar posse de um bem como uma moradia para proteger a integridade física, uma forma de alavancar o progresso econômico, dar dignidade para o progresso social e espiritual que tem como consequência a lapidação do Espírito.
Todo esse desenvolvimento nas ações de conquista devem acontecer como forma a não colidir com objetivos de tornar para si um elenco de atitudes infindáveis de realização por qualquer meio, tudo para mim e nada para o outro e onde o meio justifica o fim.
O egoísmo pode se tornar ilimitado quando age exclusivamente para si em um ímpeto no desenvolver a prosperidade ou os desejos. Nesse estágio responde com atitudes grosseiras, de pouco humor, de ira, de vingança, de autoritarismo.
Os sentimentos de frustração são mal dirigidos e digeridos, vomitam numa carga tóxica, envenenando e contagiando por seu grau virulento.
Os desejos devem ter limites, o limite deve ser a racionalidade na compreensão que não se pode dominar tudo, respeitar as regras como parâmetro civilizatório, conviver com as diferenças sem abrir mão de princípios, amar suas realizações sem insultar o próximo, há sempre armadilhas de egoísmo no nosso dia a dia, que podem ser desativadas com o espírito da solidariedade, da fraternidade, do amar a si e ao próximo como perseguição ao progresso.
Imagem de Engin Akyurt por Pixabay